sábado, 23 de junho de 2012

MIRTILOS - A cultura do presente e do futuro


Os Mirtilos, são plantas de folha caduca, longa vida e quando em plena produção podem atingir uma altura superior a três metros
Pertencem á família Ericacea género Vaccinium. As primeiras va­riedades cultivadas foram selecci­onadas das espécies norte america­nas, corymbosum L. ou Ashei Small, nos finais do século XIX inícios do XX. A maioria das espécies agora utilizadas são o resultado de selecção de plantas cujas ori­gens foram a Corymbosum e Ashei.
Os frutos de alta nobreza, com elevado valor energético e dieté­tico, podem ser consumidos em fresco ou sob a forma de conser­vas, possuindo um elevado teor em vitamina C e possuindo qualidades terapêuticas, em relação ao coles­trol. Tem ainda influência positi­va na visão durante o período noc­turno.

   Condições Edafo-climaticas
Solo - Como a maior parte das ericaceas, o mirtilo vegeta nas melhores condições em solos ácidos quando o ph está entre 4,0 e 5,5. As plantas são de raiz pouco pro­funda, adaptando-se bem a ter­re­nos soltos e bem drenados, deven­do-se evitar os demasiadamente hú­midos.
Clima - Adapta-se a zonas cli­máticas temperadas. As necessida­des de frio são semelhantes às do pessegueiro. Em geral quantas mais horas de frio houver mais rápida­mente e melhor resposta dá a pro­dução floral. Nas zonas em que as temperaturas ultrapassem os 27oC durante a matu­ração dos frutos, sobretudo quando há ventos secos, o calor pode causar enrugamento e escaldão nas bagas. Uma vez alcan­çadas as necessidades de frio as plantas resistem a tem­peraturas de -29oC.
Localização - Contrariamente ao mirtilo selvagem, que é uma planta de sombra, o mirtilo arbus­tivo é uma planta de luz que pre­fere o sol. Uma exposição sul-sudoeste é a mais favorável. De­vem-se evitar as zonas mal drena­das com tendência para as geadas, bem como zonas expostas ao vento devido aos efeitos negativos que ocasiona na actividade das abelhas e possível dissecação das plantas. 
Preparação da plantação -
1.Deve-se mobilizar o sub-solo até uma profundidade de 50cm,
2.Incorporar matéria or­gânica se o seu nível for inferior a 10%,
3.Ajustar o ph adicionan­do enxofre, se caso for necessá­rio, após verificação das análi­ses,
4.Acertar os níveis de fósforo e de potássio após verifi­cação das análises,
5.Plantação deverá ser feita no inicio da primavera.
6. As plantas deverão de ter pelo menos dois anos e estarem envasadas em contentores de pelo menos 2 litros.Plantas mais pequenas, implicam um maior risco na instalação da cultura e um atrazo considerável na entrada em produção.
7.Devem ser plantadas em compassos que podem variar entre os seguintes valores

1,50 X 2,5 (m)   2650 plantas/ha
1,25 X 2,5 (m)   3200 plantas/ha
1,00 X 3,0 (m)   3333 plantas/ha

Manutenção - Às plantas novas devem ser cortadas as flores dur­ante no primeiro ano. Isto fará com que centrem as suas ener­gias exclusivamente no seu desen­volvimento.
A poda é uma das práticas cul­turais importantes, pois permite controlar o tamanho da planta, dar-lhe vigor e produção, assegu­rando um contínuo fornecimento de madeira nova e forte. A poda deve ser feita desde finais de Dezembro a meados de Março. Nos primeiros dois anos, a poda deve ser somente de limpeza de ramos débeis próxi­mos da base da planta. Nas plantas adultas, o primeiro objectivo é retirar a madeira morta, danifi­cada e doente. Toda a madeira com mais de 4 anos não é produtiva.
Rega - O mirtilo é uma planta muito sensível ao excesso de humi­dade. As necessidades em água, são maiores desde o momento do engros­samento do fruto até à colheita. Durante este período também se dá a inici­ação floral para a colhei­ta do ano seguinte.
Polinização - As flores do mirtilo são hermafroditas e as va­riedades são autoférteis. No en­tanto a polinização cruzada levada a cabo pelas abelhas e outros in­sectos melhora a fruta e produz bagas de maior calibre. Para asse­gurar uma boa polinização devem intercalar-se linhas com varieda­des que tenham um período de flo­ração similar. Para se obter uma boa poli­nização, utilizar 4 a 5 col­meias por hectare.

Variedades - São muitas as va­rie­dades que se podem eleger, no entanto devem ter-se em conta as característi­cas de cada uma delas, como por exemplo a época de matu­ração, hábitos de cul­tura, facili­dade de colheita das ba­gas, cor, produtividade vigor, etc.
Descrição de algumas varieda­des:


Bluecrop - planta vigorosa, aberta e muito produtiva, e consistente nos niveis de produção. Fruto grande, azul, bom sabor e moderadamente aromático. Matura­ção, meia estação.A variedade mais plantada nos Estados Unidos.



Chandler - tem a distinção de ser a maior baga mundial, com elevadas produções que podem ser colhidas durante 5 a 6 semanas. Maturação tardia.Consumida directamente é uma verdadeira  explosão de sabores e nutrientes.
Duke - Uma variedade fácil de produzir, com excelentes produções. Fruto rijo, azul claro e de excelente qualidade.Floresce tardiamente, mas é de colheita precoce, o que lhe permite escapar a algumas geadas de primavera. 




Draper - variedade muito produtiva, colheita fácil. Maturação meia estação.Frutos de excelente calibre, textura e aroma. Tem uma capacidade de conservação longa.







Elliott - fruto grande, muito aromático. Maturação tardia.entra em produção mais rapidamente que a maioria das variedades.








Spartan - planta vigorosa, erecta. Fruto rijo azul claro e bom sabor. Ma­turação precoce.









Em geral conseguem-se produ­ções que rondam as 12 a 14 t/ha.

Tratamentos fitossanitários 
Actu­almente nas plantações existentes na Europa, não necessitam ainda de progra­mas de tratamentos.
Há no entanto que ter alguns cuida­dos, principalmente em zonas onde abun­dem coelhos, lebres e pássaros. Reco­menda-se com especial enfâse, a utili­zação de rede anti-pássaros, pois as bagas são muito atractivas.

se pretende fazer um investimento em MIRTILOS.

Preços de promoção até finais de Julho, para quantidades superiores as 1500 plantas...........
nao deixe para amanha o que pode poupar hoje......



quarta-feira, 6 de junho de 2012

CASTANHEIROS resistentes á doença da tinta


A Imensis em colaboração com outras entidades, têm á sua disposição para plantação
 na próxima campanha, porta-enxertos de castanheiros resistentes á doença da tinta.
Os porta enxertos disponíveis são o Ca90, Colutad e Marsol.
O Ca90, Colutad, são comprovadamente compatíveis na enxertia com as variedades nacionais,
 Longal, Judia e Martaínha bem como outras.
A preparação destes porta enxertos, para as próximas plantações esta em marcha, e recomenda-se 
a todos os interessados neste material vegetal, que façam as suas encomendas de forma a 
garantirem no momento da plantação a sua disponibilidade.





 Devem os interessados neste material estar atentos ás plantas que aparecem no mercadoditos resistentes á doença da tinta, mas que no entanto não passam de fraudes, algumas 
vezes pela ignorância de quem os vende, outras vezes com conhecimento do que estão a 
fazer. Recomendamos a leitura da nota técnica, que se encontra nas nossas técnicas 
- AGRICULTURA.

Faça um NOVO SOUTO, utilizando os novos porta enxertos, e as novas tecnicas de conduçãoconsiga produçoes mais rapidamente................ Consulte-nos

AMENDOEIRAS


A cultura da amendoeira na Europa tem na Espanha a sua principal produtora, sendo ainda a segunda a nível mundial. Produz aproximadamente 17% da produção mundial e representa 13% das exportações a nível mundial. Apesar de a Espanha, ter a maior área de plantação mundial (672.050 ha/ 2004), os Estados Unidos com uma área significativamente menor (222.577 ha/ 2004), são os maiores produtores mundiais com 765.080 t, contrastando com as 224.595 t de Espanha.

Portugal representa aproximadamente 1% do que se comercializa mundialmente, com uma área de 38.178 ha/ 2004, e uma produção de 13.953 t. Trás-os-Montes, representam 60% da área e 86% da produção.
Com a introdução das novas variedades francesas (Ferraduel, Ferragnes, Laurane) e espanholas (Masbovera, Glorieta, Francoli, Vairo etc), em conjunto com os novos porta-enxertos híbridos, GF677 (francês), GN (espanhol), as produtividades por ha aumentaram significativamente.
Associada aos novos biontes, a possibilidade de rega as produções atingem níveis, antes não imagináveis, 3,5 a 4,0 t/ha.
 
Plantação de um amendoal  
                                                      
 A instalação de um amendoal, passa a maior parte das vezes por um tratamento simples do solo.
A desmatação, seguida de uma ripagem cruzada e em alguns casos a espedrega, serão as operações básicas de preparação do solo.
Correcção do solo, com adubos ricos em fósforo e potássio, e alguma matéria orgânica, próxima da planta no momento da plantação, faz parte do normal procedimento, bem como a aplicação de calcário (de preferência dolomítico).
A selecção das variedades é outro dos factores importantes, pois dele depende e muito o sucesso de todo o investimento, assim as variedades com floração tardia e enxertadas em porta enxertos híbridos, terão que ser tidos em conta.

Para além do investimento na plantação, deve-se ainda ter em conta o investimento na rega.


Os primeiros dois anos, são importantíssimos na preparação da planta, daí a necessidade de formação da planta (poda de formação), e os cuidados fitossanitários para que nada possa interromper o bom desenvolvimento da planta.
A partir do 7º ano, as amendoeiras terão atingido o topo da sua produtividade. A partir desta altura as podas de renovação de alguns ramos terão inicio, de forma a manter a planta em bom estado fitossanitário, e com uma produção regular.

Consulte-nos, se pretende fazer um investimento em AMENDOEIRAS, com regadio.